quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O Engº "do Pau"


É vulgarmente dito que, existem tantos treinadores como habitantes em Portugal, ou seja, trocado por miúdos (não, não é uma piada ao Carlos Cruz), diz-se que em Portugal existem 10 milhões de treinadores. Discordo! Acho que existem mais engenheiros florestais. 

Senão vejamos, nem toda a gente gosta e/ou acompanha o futebol português (especialmente com os portentosos programas domingueiros das estações em canal aberto a retirar o futebol aos pobres maridos indefesos) mas, a dada altura, toda a gente opina sobre floresta. Ou é porque arde muito, ou porque ninguém limpa as matas, ou porque a GNR multa, ou porque o “calipo” é que dá dinheiro, etc. etc.. Ok, dou isso de barato.

 A mim, custa-me mais digerir quando são criados lugares especificamente florestais (os chamados Gabinetes Técnicos Florestais, vulgarmente chamados de “gêtêéfes”), e depois as vagas são ocupadas, não por alguém com competências ao nível florestal, mas por outrém que por alguém foi indicado para o lugar! Igualmente fico possesso, quase ao nível de ser exorcizado,  quando vejo pomposamente publicitadas, acções de voluntariado para (re)florestações de terrenos com apetência florestal, sem qualquer fundamento técnico para a escolha da(s) espécie(s) a plantar. 

Não é importante que a planta sobreviva! É sim bom que a planta seja uma folhosa autóctone e que a fotografia seja bem tirada para posterior “post” no facebook…. Mas o pior, meus amigos, é descobrir a culpa deste “desrespeito” pela classe florestal. No meu entender, é dos próprios florestais. 

Argumento com um exemplo. Nunca vi um engenheiro florestal a fazer projecto para implementação de apartamentos, para já vi engenheiros civis a fazer projectos florestais…. E vocês, também são engenheiros “do pau”?

1 comentário:

  1. Diz lá que se pudesses voltar atrás não serias engenheiro civil. De manhã projetavas edifícios, e de tarde plantações florestais.. ;)

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