É vulgarmente dito que, existem
tantos treinadores como habitantes em Portugal, ou seja, trocado por miúdos
(não, não é uma piada ao Carlos Cruz), diz-se que em Portugal existem 10
milhões de treinadores. Discordo! Acho que existem mais engenheiros florestais.
Senão vejamos, nem toda a gente gosta e/ou acompanha o futebol português
(especialmente com os portentosos programas domingueiros das estações em canal
aberto a retirar o futebol aos pobres maridos indefesos) mas, a dada altura,
toda a gente opina sobre floresta. Ou é porque arde muito, ou porque ninguém
limpa as matas, ou porque a GNR multa, ou porque o “calipo” é que dá dinheiro,
etc. etc.. Ok, dou isso de barato.
A mim, custa-me mais digerir quando são
criados lugares especificamente florestais (os chamados Gabinetes Técnicos
Florestais, vulgarmente chamados de “gêtêéfes”), e depois as vagas são ocupadas,
não por alguém com competências ao nível florestal, mas por outrém que por
alguém foi indicado para o lugar! Igualmente fico possesso, quase ao nível de
ser exorcizado, quando vejo pomposamente
publicitadas, acções de voluntariado para (re)florestações de terrenos com apetência
florestal, sem qualquer fundamento técnico para a escolha da(s) espécie(s) a
plantar.
Não é importante que a planta sobreviva! É sim bom que a planta seja
uma folhosa autóctone e que a fotografia seja bem tirada para posterior “post”
no facebook…. Mas o pior, meus amigos, é descobrir a culpa deste “desrespeito”
pela classe florestal. No meu entender, é dos próprios florestais.
Argumento
com um exemplo. Nunca vi um engenheiro florestal a fazer projecto para
implementação de apartamentos, para já vi engenheiros civis a fazer projectos
florestais…. E vocês, também são engenheiros “do pau”?
Diz lá que se pudesses voltar atrás não serias engenheiro civil. De manhã projetavas edifícios, e de tarde plantações florestais.. ;)
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