Os vistos-talento (ver notícia aqui).
Depois do nosso governo conseguir despachar uns duzentos e tal mil lá para fora (muitos deles altamente qualificados), resolveu pôr a mão na consciência e repor o «stock», com mão de obra estrangeira. Não tenho nada contra os estrangeiros que vêm para cá trabalhar, e, pessoalmente, até aprecio bastante a possibilidade de sermos uma torre de babel, multicultural, como são os Estados Unidos, Austrália, Inglaterra e Canadá. O que não faz sentido é andar a fazer campanha para sairmos da nossa zona de conforto, palavras tão saudosas do nosso primeiro-ministro e passado uns tempos, diga-se, dois anos, tentar captar artistas e investigadores estrangeiros, como se não tivessem melhores sítios para onde ir, ou como se fossemos um país que aposta na cultura (vide Mirós) ou investigação (vide bolsas para doutoramentos).
Parece-me que à semelhança do nosso futebol, o objetivo é tratar quem vem de fora como portugueses de topo, e quem é de cá como estrangeiros de segunda. Eu preferia que fossem todos tratados como iguais, mas fica à vossa consideração...
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