Já ando há algum tempo para escrever sobre este assunto, mas a oportunidade apenas surgiu hoje.
Nos tempos que correm e com a evolução da tecnologia torna-se cada vez mais difícil compreender como é possível a um pássaro de metal com cerca de 70 metros de comprimento "fugir" dos radares de alguns países e tornar a sua rota completamente desconhecida. Existe uma responsabilidade moral por parte das companhias aéreas, de com os meios tecnológicos disponíveis nesta época contemporânea se se certificarem que é de todo impossível um avião desaparecer dos radares. Ao fim e ao cabo são centenas de vidas que estão nas suas mãos de cada vez que esta "entidade alada" se levanta ou poisa. Parece-me também, como curioso, que as caixas negras ou laranjas, se quisermos ser literais, já se tornaram obsoletas para a panóplia de acontecimentos que tem sucedido na história da aviação civil. O problema não é só o de todos os segredos estarem escondidos na caixa, mas sim o de assessibilidade à mesma, sobretudo quando a queda é sobre uma massa de água abundante. Ainda mais, se por definição ela ocupa 75% da esfera terrestre.
Após o caso do Air France AF447 no oceano atlântico, com o tempo que demorou para dar algumas respostas às famílias, e agora este do Malaysia Airlines, penso que nada ficará com dantes e ou as companhias áreas tomam alguma iniciativa para resolução destes problemas ou serão forçadas a isso.
Não obstante o que foi acima dito, este já é considerado como um dos desaparecimentos aéreos mais misteriosos de que há memória.
Inicialmente suspeitou-se de terrorismo, depois falha mecânica, entretanto suicídio de um dos pilotos do avião ou de alguém que o soubesse pilotar. Já foram investigadas várias pessoas que embarcaram no MH370 mas, que se saiba, ainda não há conclusões. Cada pessoa tem a sua opinião e como memória futura, eu gostaria de deixar algumas questões que podem, ou não, ajudar a tentar perceber o que se terá passado:
- Quando foi a última inspeção do avião?
- Quantas pessoas (e quem) tinham acesso aos sistemas informáticos do avião?
- Quando e por quem foi realizada a atualização da rota para o seu destino?
- É fácil alguém do interior do avião alterar as rotas? E se estiver fora? Como?
- Quantas (e quem) das pessoas que embarcaram tinham conhecimentos para o pilotar?
- De acordo com o combustível presente no depósito, qual o raio máximo do seu trajeto?
- De acordo com o raio máximo de trajeto, já foram questionados todos os países detentores de radares militares nele inseridos?
- Estando no ar, após algumas horas (não há indicação que tenha caído rapidamente), os passageiros não terão começado a questionar a demora e o trajeto?
- Porque não há registo de chamadas entre os passageiros e os seus familiares ou próximos?
- Estariam numa zona sem cobertura de satélite?
- Se for verdade o facto de alguns passageiros ainda terem telemóveis ligados, qual a ultima antena/satélite a que estiveram/estão conectados?
- Há alguma hipótese de a partir do cockpit levar os passageiros a ficar inconscientes?
- Havia alguma carga considerada como monetária ou tecnologicamente valiosa por forma a que pudesse justificar algum tipo de assalto ao avião?
- Havia algum passageiro que justificasse interesse em eliminá-lo?
- Caso o avião tivesse caído no mar, com o impacto não deveriam existir destroços a flutuar na superficie maritima?
- Se sim, em que locais ainda não houve buscas?
Estas são algumas questões, quanto a mim válidas, que se podem colocar perante o que terá acontecido.
À hora a que escrevo este artigo, prosseguem as buscas no sul do oceano indíco.
Caso sejam lá encontrados os destroços, outra questão se colocará. Como é possível o avião ter ido para o local exatamente oposto ao do seu destino e fora do tal raio máximo do trajeto acima indicado numa das minhas perguntas?
Se calhar já me estou a adiantar. Vamos aguardar por mais novidades...