Para quem gosta e acompanha o futebol, sabe que quando um jogador estrangeiro é contratado por uma equipa mediana quer da primeira ou segunda liga portuguesa, tem por hábito dizer que o clube é um trampolim para mais altos voos.
Estamos numa altura em que essa máxima, digna de pertencer ao «muy nobre» dialeto futebolês, extravasa as fronteiras do desporto e passa para a política.
Hoje, soube-se pela "prestigiadissima" Christine Lagarde, que o ex ponta de lança do governo português, de nome Vítor Gaspar, foi contratado pelos "galáticos" do FMI.
Eu até levaria para a brincadeira, se não fosse bastante sério e grave.
Esta "contratação", levanta um pouco o véu sobre aquela atitude tão complacente, humilhante e submissa que o governo teve ao longo deste anos com quem nos queria, e conseguiu, retirar a soberania.
Agora percebo, que os sacrifícios que os portugueses passaram, afinal teriam mesmo uma finalidade. Não era o todo a médio e longo prazo, porque esse parece definitivamente hipotecado, mas sim o indivíduo a curto prazo.
Para não me alongar mais, termino com algumas frases esperando que cada um forme a sua própria opinião:
"Nas actuais circunstâncias, seria irresponsável pensar que se pode abrandar a aplicação do programa."
25 de julho de 2011
"É um enorme aumento de impostos"
3 de outubro de 2012
"Esta proposta é a única possível. Não temos qualquer margem de manobra. Pôr em causa o orçamento é pôr em causa o programa de ajustamento."
26 de outubro de 2012
"É a minha firme convicção que a minha saída contribuirá para reforçar a sua liderança e a coesão da equipa governativa."
1 de julho de 2013
"Com o devido respeito, a questão de me encarar como o quarto elemento da troika é simplesmente insultuosa."
17 de fevereiro de 2014
Anúncio da nomeação de Vitor Gaspar como diretor do FMI (membro da troika)
28 de fevereiro de 2014
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