Como qualquer bom lusitano, o Festival da Canção Portuguesa já se tornou numa questão nacional. Tantas são as gloriosas derrotas lá fora, que tomamos a dor e vergonha do que se passa como pessoal e gostamos de pensar que a vitória está para chegar. Passa-se que ano após ano, não só não melhoramos, como conseguimos fazer pior.
Bom, descer abaixo dos Homens da Luta é impossível, mas esses não contam até porque estávamos sob protesto e na altura teve a sua graça. Contudo, desta vez, descemos até um degrau acima deles. Deixámos as habituais baladas melancólicas, saudositas e amorosas que tanto nos enjoavam, e aos restantes europeus, aposto, para passar ao pimba.
O problema é que não é o puro e duro que até podia ser interessante
(ponham os olhos no Quim Barreiros) mas sim um muito fracote, onde a cantora, esforçada na voz e na dança, se limita a dizer para quem a ouvir que quer ser nossa.
Sendo assim, mais do que a música e interpretação, o que a fez ganhar foi as pessoas saberem quem a escreveu (minha interpretação). É assim em Portugal. Lamentavelmente, devo dizer que foi do mais pobrezinho que escreveu...
Em todo o caso, e mais uma vez, venceu a democracia. Veremos se a europeia vai ser assim tão bondosa. Como português espero que sim. Como ouvinte, não...
Vejam a música e formulem a vossa opinião.
video retirado de youtube.com
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