domingo, 9 de março de 2014

Tema da Semana #3 - Olhar o Futuro no Presente


Depois de uma semana sem escrever no blog, arranjo agora tempo e disposição para o fazer. Estas coisas de tentar ser produtivo, num país em que quem manda acha que não somos, também desgastam a mioleirinha. Mas quanto a isso, ainda irei gastar uns caracteres numa publicação posterior.


Desta vez, vou falar um pouco sobre uma noticia publicada há cerca de 10 dias atrás. 

Ao longo dos últimos quatro a cinco anos, a NASA, através do seu telescópio espacial Kepler, tem centrado a procura de exoplanetas (planetas fora do sistema solar) na constelação do Cisne. Até há bem pouco tempo, o método mais utilizado para tal efeito era o de «trânsito». Isto é, o planeta ao transitar entre o campo de visão do telescópio e o da estrela, cria uma sombra, ou diminuição muito reduzida mas mensurável da luminosidade desta, permitindo o seu registo e deteção (ver ilustração NASA).

Assim, foi possível encontrar perto de 1000 planetas até há dez dias atrás. (ver gráfico abaixo)


                                Numero de planetas descobertos por ano. Retirado de site www.nasa.com

Contudo, através da utilização de um novo método, foi possível descobrir mais 750 (ver ilustração NASA com os novos planetas) de uma assentada!!


Resumindo, através duma técnica estatística denominada "Verificação por Multiplicidade" são observadas estrelas, previamente analisadas, com potencial para ter mais do que um planeta. Pelo que depreendi da informação da NASA (ver site) o objetivo é conseguir distinguir um sistema planetário com uma estrela e vários planetas, de um sistema binário em que intervenha mais duma estrela. O programa estatístico consegue determinar quando é que a estabilidade gravitacional é adequada para um caso ou para o outro (ilustração NASA).

A notícia transmitida pela agência espacial norte americana, ainda que pareça de somenos importância no presente, tem o objetivo bem definido de nos fazer colocar os olhos para o futuro. Neste momento não temos capacidades tecnológicas ou matérias primas adequadas, para sequer podermos chegar perto de um desses planetas. Mas podemos começar já a estudá-los e tentar perceber se podem ter condições para suportar vida como a conhecemos. Mais tarde ou mais cedo começaremos a olhar para o céu à procura de novos locais para explorar, e, talvez, viver. 

Já cá não estarei para o testemunhar, mas quem sabe se um descendente meu futuro, por volta do século XXV não o venha a fazer. Será que se irá chamar Buck Rogers? ;)


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